hoje município de Nova venécia, onde iniciou o cultivo do café e que, logo apóss a abolição da escravatura, contratou mão-de-obra de imigrantes italianos para a expansão dos seus negócios, que se constituíram num marco de desenvolvimento da região.
Retirado do livro Os ùltimos Zumbis, Maciel de Aguiar
A convivência entre os
quilombos e a vida cotidiana colonial brasileira, que não retirava dos
primeiros a característica da resistência contra a escravidão, apontava para a
necessidade de inclusão dessa população, o que não foi conquistado com a
Abolição. A assinatura da Lei Áurea não significou o reconhecimento da importância
dos africanos e de seus descendentes na construção nacional, muito pelo
contrário. Desde a dificuldade de término do tráfico negreiro, passando pelo
advento da Lei de Terra, em 1850, e chegando as Leis do Ventre Livre e Sexagenário,
o panorama político e jurídico brasileiro fabricava maneiras de deixar o negro
à sua própria sorte, após a indefectível abolição.
A farsa da Abolição, como
denunciou o Movimento Negro Brasileiro ao se recusar a comemorar a data do 13
de maio, gerou a falta de oportunidades de inclusão do negro na nossa
sociedade, moldou a resistência e a militância incansável da comunidade negra
brasileira que se organizou, e até hoje se organiza, pela defesa e garantia de
seus direitos, num longo e árduo caminho em busca da igualdade e do acesso às
políticas públicas de educação saúde, moradia, terra, religiosidade e muitas
outras.
Fonte: A Escola e Suas
Cores, CIDADANIA, EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICORRACIAIS. Adriana Pereira Campos
& Gilvan Ventura da Silva. Editora GM,
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